Ouvindo as centenas de comentários via TV dos arautos do sistema em que assenta toda a política de Portugal e da Europa, sem dúvida bem pouco adequada ao país, mas nunca deixando de preparar o cidadão para as dificuldades acrescidas que nos esperam, uma questão que é a mais determinante de todas das que se faz a grande especulação sobre todos os aspectos intrínsecos do seu funcionamento na sociedade e valorização do país, uma questão, repito, que deveria ser a primeira das necessidades e mais determinante no quadro político, económico e social, não se ouviu uma palavra vinda de qualquer lado. É ela relativa à produção de riqueza, sobretudo das indústrias alimentares vindas dos campos abandonados e das costas marinhas - riquezas extraordinárias -, abandonadas, das indústrias metalomecânicas, onde chegámos a ter grande prestígio internacional, os estaleiros navais de construção e reparação muito procurados por estrangeiros, tudo isso tendo sido selvaticamente arrasado, ao ponto de Portugal se encontrar quase totalmente dependente das importações e dos especuladores. Tudo acontecido pelo palpite de «animais políticos», tal qual o seu fundador aconselhado pelo seu sentido de profeta que se quer esquecer.
E agora?
A ruptura existe. Mas, mesmo assim, continua a afirmar-se não haver saída, sabendo-se que existe, mas essa não agrada à grande finança sem pátria que Vasco Gonçalves combateu. Por isso foi abatido raivosamente com a ajuda dos Estados Unidos e do fatídico Carlucci e CIA, sob a bênção do "Animal Político".
A grande finança não foi afectada pela CRISE, pelo contrário, as grandes fortunas crescem diariamente, enquanto os impostos quase levam a medula àqueles que pagam tudo com o desemprego e afogados em impostos. Por outro lado, são os apartamentos mais luxuosos e os automóveis topo de gama que se vendem quando os mais baratos não têm procura.
E agora?
A ruptura existe. Mas, mesmo assim, continua a afirmar-se não haver saída, sabendo-se que existe, mas essa não agrada à grande finança sem pátria que Vasco Gonçalves combateu. Por isso foi abatido raivosamente com a ajuda dos Estados Unidos e do fatídico Carlucci e CIA, sob a bênção do "Animal Político".
A grande finança não foi afectada pela CRISE, pelo contrário, as grandes fortunas crescem diariamente, enquanto os impostos quase levam a medula àqueles que pagam tudo com o desemprego e afogados em impostos. Por outro lado, são os apartamentos mais luxuosos e os automóveis topo de gama que se vendem quando os mais baratos não têm procura.
Fernando Vieira de Sá
Lisboa, 23 de Junho de 2011