terça-feira, 30 de novembro de 2010

PERGUNTA SEM RESPOSTA


O Diário de Notícias de 25-XI-2010, em azo de comemoração, lembrou-se de ocupar as duas páginas centrais do jornal com o 25 de Novembro, que virou a linha política que se reviu no 25 de Abril. Para isso, em grande destaque, aventa com uma interrogação que põe em dúvida e justifica a charada:

25 de Novembro
E se tivesse sido ao contrário?

Não sendo uma resposta, mas sim um comentário, pressupõe-se que só o profeta ou animal político seria capaz de responder, e mesmo assim com todos os riscos de acertar. Não sendo assim só poderá afirmar-se sem ofensa, mas com piedade, o que todo o bicho-careta pode garantir sem que alguém possa contestar e que é: Resposta - Uma coisa é certa: seguramente não se pode prever pior em todos os sentidos.
O profeta pelos vistos errou magistralmente. Agora sou eu que pergunta: Quem paga o palpite do profeta? Segundo as leis de imprensa a resposta deveria ser publicada nos mesmos modos que a pergunta que, aliás, não tem pés nem cabeça, sabendo-se e sentindo-se que já estamos todos a bater no fundo. O que quer o jornalista que se responda? Ou está a gozar com o pagode? A não ser que se trate de um exemplo de jornalismo humanista.


Fernando Vieira de Sá

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